Por: Marcelo Carvalho Ribeiro
Fev/2010

O Banco Central anunciou o retorno do compulsório sobre os depósitos à vista e a prazo. Após uma breve flexibilização deste instrumento de controle, que objetivou dar maior liquidez ao mercado em face da crise financeira internacional, as autoridades monetárias entendem que é hora de desacelerar a oferta de moedas. Como sempre, esta medida tem como foco principal o controle da taxa de inflação e do nível do consumo. Espera-se, já para o mês de abril, o aumento do custo das operações de crédito.
A consequência desta decisão é, paradoxalmente, o aumento da taxa de juros em pleno processo de recuperação da atividade produtiva após um período de desaquecimento. Os efeitos desta medida atingiram principalmente as pequenas empresas, já que as mesmas têm menor poder de negociação com os agentes financeiros.
Para as micros empresas, muitas delas de estrutura informal, os efeitos poderão ser ainda maiores, já que, na avaliação do risco de crédito, esta condição é considerada. No entanto, nessa avaliação são levados em conta também fatores como o grau de relacionamento entre a empresa e a instituição de crédito, o histórico desta relação como liquidez e pontualidade, além do nível de endividamento. Portanto, reorganizar-se para este novo cenário pode significar para uma empresa manter o seu nível de atividade ou, por outro lado, perder a oportunidade de acompanhar as previsões de crescimento do mercado atual.

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